Em dezembro de 2021, fui convidado pelo fotógrafo e roteirista Fabrício de Andrade a dar uma entrevista sobre meus processos criativos para seu projeto Conversas criativas. Nessa entrevista eu reflito sobre as questões que norteam meu trabalho como artista, sobre minha carreira, minhas referências e também quais são os pontos que considero desafios para o artista brasileiro.
Separo um pequeno trecho que gosto, a entrevista completa você pode ler aqui.
"[...] Como é o seu processo criativo? Você possui uma rotina matinal?
EJ: A principal parte do meu processo criativo é a rotina de leitura constante. Pra mim o artista que não estuda está fadado à mediocridade. Claro que existem grandes artistas que chegam em patamares onde isso não seja tão relevante, mas eu não sou eles. Digo que nunca tenho bloqueios criativos, para quem quiser ouvir, e o motivo é que leio pelo menos um livro por mês, de qualquer assunto que me interesse. Assim estou sempre com alguma reflexão sendo cozinhada, reflexão essa que acaba virando alguma coisa uma hora. Outra parte que considero essencial do meu processo criativo é o autoconhecimento. Faço terapia, mantenho um diário de sonhos onde analiso o inconsciente e exploro minha espiritualidade com os pés no chão. Evito superstições e vou caminhando com as ferramentas do mundo que sinto que são relevantes. Acho que o artista tem que ter consciência que pra ser artista é preciso mergulhar no micro, no interno, na psicologia e no macro, no planetário, no social, nas relações humanas. [...] Estou sempre lendo, escrevendo, produzindo alguma coisa. Não foco em grandes projetos no momento, sinto que ainda estou na escola do artista. E enquanto não tenho verbas para realizar meu próximo curta ou para um outro filme, vou me preparando para os momentos que podem chegar."
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